Monday, March 10, 2008

Crónicas de um dia diferente... Mazgani@Teatro Aveirense

Escrito em 06/03/2008

Algures no refrão da música November Rain há uma verdade incondicional. "Sometimes everybody needs sometime on their own". Yesterday was my single day in my own... All alone!

Tudo começou com uma manha cheia de luz, sol e cheiro a Primavera. São manhas assim que nos dão uma vontade imensa de acordar e levantar bem cedo.

O resto do dia correu de forma absolutamente normal.

Terminei a tarde na praia num momento de introspecção. Depois passei pelo Teatro Aveirense ver se havia bilhetes para o concerto da noite. Havia e comprei. Fui para casa entretanto e preparei um jantar para mim... Coisa banal!

Depois sai de casa e fui tomar café sozinho. E nessa condição dirigi-me até ao concerto.

No tempo que estive por lá à espera, sentado numa pultrona, foi deveras interessante ver as pessoas, que tal como eu, resolveram ter o seu momento com elas mesmas e foram sozinhas. Foi excelente observar os gestos, os passos, os olhares os diálogos emudecidos que cada um tinha consigo. Basicamente não estavamos sozinhos! Estavamos com nós mesmos.

Seguiu-se o concerto, intimista, místico, envolvente, sublime. Há muito que não ficava tão alegremente surpreendido. Acima de tudo foi um momento transcendente, sentir as notas a sairem da guitarra profundas de emoção, sentir as palavras proferidas que melodiosamente compõem os poemas soberbos.

"She said dive"
provavelmente a música da noite, a qual Mazgani introduziu da seguinte forma "quando a presença de alguém pode mudar uma vida". Foi o entrar na intimidade da música e num momento de reflexão e envolvência dou por mim a pensar o quanto a minha presença pode mudar a minha própria vida.

Alguns minutos mais tarde, mais um facto constatado "O amor é uma débil criancinha", nem a propósito de um momento de introspecção.

Eis que por último o concerto termina e temos direito ao encore já habitual nestas andanças. Seguiram-se aplausos de pé
e uma sessão de debate... E mais uma verdade "o sonho por si só já se concretiza". De facto e se quisermos aprofundar mesmo mais um pouco podemos observar que o sonho é a concretização de ele mesmo ou nao fosse um sonho.

Entretanto saí. Era o momento do regresso... Foi sair à rua e sentir-me leve, qual pena ao sabor do vento, foi o olhar o céu e ver as estrelas de forma tão límpida... Foi vaguear pelas ruas até ao carro com a melhor companhia de todas... Eu!

Cheguei a casa, qual ritual, após uma noite memorável na companhia de alguém... E de facto foi uma noite memorável na minha companhia.

Deitei-me tranquilamente... e num último sussurro desejei bons sonhos a quem comigo se deitou...

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